Não há incentivo ao movimento, diz ultramaratonista sobre sedentarismo
28.03.17 - Folha de S. PauloFolha de S. Paulo
Pequenas atitudes cotidianas, como estacionar o carro longe da entrada do shopping, utilizar escadas em vez do elevador ou caminhar até a máquina de café do escritório -dispensando a cadeira de rodinhas–, repetidas diariamente, podem contribuir com o combate ao sedentarismo.
A opinião foi exposta pelos membros da terceira mesa do segundo dia do 4º Fórum Saúde no Brasil, promovido pela Folha e patrocinado por Amil, Fenasaúde e Abimed.
O fisiologista e médico do esporte Paulo Zogaib lembra que o ser humano, por essência, tende a fazer menor esforço possível.
"À medida que faço um esforço, o corpo cria adaptações para que isso demande menos energia da próxima vez. Cada vez fico mais eficiente, poupo energia. Isso dá uma sensação de estabilidade ao corpo e leva ao sedentarismo", afirma.
O advento da tecnologia torna ainda mais fácil que o ser humano gaste cada vez menos energia, uma característica já inerente à espécie, diz.
"Nos últimos 50 anos, o meio ambiente mudou muito. Hoje há muito mais conforto, muito mais alimentos disponíveis. Isso leva as pessoas a ser sedentárias", afirma o consultor de fitness Marcio Atalla.
"A gente vai ao shopping e estaciona perto da entrada. Se não conseguimos essa vaga, ficamos frustrados", completa.
Rodolfo Lucena, ultramaratonista e jornalista, chama a atenção para como as obrigações do dia a dia também agravam a situação.
"O pessoal fica em escritório praticamente o dia inteiro sentado em frente ao computador. O incentivo ao movimento não existe, pelas próprias exigências da sociedade, dos compromissos que cada um tem de cumprir", avalia.
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