Problemas no pulmão podem levar ao infarto e ao câncer
07.02.18Jornal da USP
Aproximadamente três milhões de pessoas morrem todos os anos por causa das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas, conhecidas como DPOCs. Como o próprio o nome dá a entender, elas impedem a circulação do ar nos pulmões, avançam progressivamente e não têm cura. Dentro dessa categoria, estão a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, por exemplo. O professor Alberto Cukier, diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, conta que os grupos mais atingidos são os fumantes regulares. Em São Paulo, cerca de 80% da população acometida por essa patologia têm ou já teve o vício.
O professor conta que as DPOCs são silenciosas. Os sintomas só começam a aparecer depois de mais de 20 anos desde o início da deterioração dos pulmões. Um caso comum são pessoas que começam a fumar na adolescência e só sentem os efeitos perto dos 40 anos de idade. Infarto, anemia e câncer são comuns em pacientes atingidos pelas doenças pulmonares. Além de parar de fumar, a prática regular de exercícios físicos e medicamentos também ajudam no controle dessas patologias. Ele explica que nunca é tarde para começar o tratamento, porque, mesmo não havendo cura, pode-se estancar sua progressão e em alguns casos até regredi-la.
Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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